segunda-feira, 7 de julho de 2008

De volta ao umbigo

Eu vou parar de me preocupar com as pessoas.

Por que eu me preocupo.
Com as pessoas que eu amo e quero que absolutamente tudo dê certo para elas.
Com as pessoas que eu não gosto, mas quero que se dêem bem longe de mim para pararem de encher meu saco.
Com as pessoas que eu nem conheço tanto, mas quero que se dêem bem, porque todo mundo merece se dar bem, né?

Me preocupo e fico em cima. Já fez isso?Já fez aquilo? Já escovou os dentes? Às vezes acho que sou uma mãe precoce de umas 40 cabeças que tem entre 3 e 64 anos.
Será que estão com cansadas? Será que estão com frio? Será que mandaram o e-mail? Será que ele já viu aquele desenho animado? Será que quitou o apartamento? O vestido já tá pronto?

Não quero mais me preocupar. Fico horas buscando soluções, resoluções e no final das contas escuto: “Mas você é chata hein! Quando cisma!”

Não ganho um abraço, um valeu, um apertão de bochecha, uma mensagem de celular que seja (e olha que com a internet, elas são de graça!).

Fui conversar com meu umbigo e ele anda super carente. Com essa coisa de me preocupar esqueci totalmente meu egocentrismo. O meu eu se sente totalmente abandonado por mim mesma e sem ninguém pra tomar o lugar que eu deixei vazio.
 
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